Citada pela agência noticiosa oficial Xinhua, Dilma Rousseff disse que os países que compõem o BRICS (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul mais Egito, Irão, Emirados Árabes Unidos e Etiópia) são “economias poderosas com grande potencial e capacidade de crescimento”.

As declarações da antiga presidente do Brasil (2011-2016) coincidem com o início, hoje, da cimeira do bloco na cidade russa de Kazan.

Os países membros do grupo “perceberam que é muito importante que os países emergentes e em desenvolvimento tenham mecanismos e instrumentos adequados”, observou Dilma.

“Por isso, criaram o Novo Banco de Desenvolvimento e o Fundo de Reserva”, acrescentou Dilma, referindo-se ao banco que dirige e ao Arranjo Contingencial de Reservas (CRA), criados para rivalizar com instituições como o FMI ou o Banco Mundial.

O Kremlin confirmou que um total de 24 chefes de Estado e de Governo participarão na cimeira dos BRICS em Kazan, incluindo os líderes da China, Índia e Turquia.

Em junho, Dilma visitou a Rússia, onde reuniu com o Presidente russo, Vladimir Putin. Ambos discutiram uma estratégia de financiamento de projetos importantes em território russo pela instituição de crédito dos BRICS.

No ano passado, a instituição anunciou a cessação temporária das suas operações na Rússia, uma vez que “a existência de um sistema financeiro internacional não pode ser negada” no contexto das sanções ocidentais contra Moscovo devido à guerra na Ucrânia.

A decisão de criar um banco no âmbito dos países BRICS foi tomada em 2013, durante a cimeira de Durban, na África do Sul, e um ano depois esta decisão foi selada no Brasil com a assinatura do acordo correspondente.

O Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS, com sede na cidade chinesa de Xangai, começou a funcionar oficialmente em julho de 2015.