De janeiro a julho, o défice das Administrações Públicas “ascendeu a 6.840 ME em contabilidade pública, representando uma melhoria de 1.631 milhões de euros face ao período homólogo”, anunciou em agosto o Ministério das Finanças no comunicado que habitualmente antecede a divulgação dos dados da execução orçamental.
A “reabertura da atividade económica tem efeito positivo na melhoria do défice”, sublinhou então o gabinete liderado pelo ministro João Leão.
De acordo com o ministério, o desagravamento do défice até julho resultou do acréscimo de 8% da receita, explicado por três efeitos: por um lado, a retoma da atividade económica devido ao desconfinamento, por outro, ao efeito base associado ao 2.º trimestre de 2020 e ainda aos efeitos temporários em consequência do diferimento do pagamento de impostos.
A despesa primária cresceu 5,4%, refletindo as medidas extraordinárias de apoio à economia.
A pandemia de covid-19 custou aos cofres do Estado 4.697,7 milhões de euros até julho, dos quais 485,4 milhões de euros por redução da receita e 4.212,3 milhões de euros por aumento de despesa, segundo a DGO.
Os dados divulgados pela DGO são em contabilidade pública (numa ótica de caixa).
O saldo em contabilidade nacional, apurado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e o que conta para Bruxelas, fixou-se no primeiro semestre do ano num défice de 5,5% do PIB, de acordo com as contas divulgadas na quinta-feira.
Tendo em conta apenas o segundo trimestre do ano, o défice apurado pelo INE foi de 5,3% do PIB, que compara com 5,7% no trimestre anterior e com 10,6% face ao mesmo período de 2020.
Para o conjunto do ano, o Ministério das Finanças mantém a previsão de um défice de 4,5% do PIB.
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