“Achamos que deverá ser acautelado esse período de tempo que demorará a implementar uma solução definitiva, [permitindo] que a Portela continue a crescer, porque existe possibilidade na infraestrutura para o fazer, até que a nova solução esteja pronta para usar. Não devemos ficar com a Portela bloqueada até haver Alcochete, se for essa a solução”, defendeu José Lopes, em declarações à agência Lusa.

Já no caso de o Estado optar por uma solução dual com Portela e Montijo a funcionar simultaneamente, José Lopes foi perentório: “nós queremos continuar a operar na Portela”.

“Em todos os sítios na Europa em que existe uma solução de dois aeroportos, o tráfego de curto e médio curso é aquele que fica no aeroporto mais próximo da cidade, uma vez que é o tráfego que é mais sensível ao tempo [de deslocação]”, explicou.

“Aquilo que nós sempre defendemos foi que, numa solução de dois aeroportos a trabalhar em conjunto, deverá o ‘hub’ passar para o aeroporto mais longínquo”, acrescentou, dando o exemplo do que se passa com os aeroportos de Paris, ou Milão.

O responsável frisou a urgência de se desenvolver o aeroporto Humberto Delgado, na Portela, uma vez que a decisão quando à solução definitiva “parece que irá demorar ainda bastante tempo”.

“É importante que até lá seja feito tudo o que está ao nosso alcance para que se permita haver mais tráfego na Portela e haver mais tráfego não é só haver mais ‘slots’, mais movimentos, é haver também soluções que permitam que exista mais pontualidade quando o tráfego retomar os seus níveis normais, por exemplo”, apontou, lembrando que as saídas rápidas de pista já foram implementadas no aeroporto de Lisboa, mas ainda não estão a ser utilizadas.

Para José Lopes, “Lisboa não pode voltar a ser conhecido como um dos aeroportos piores da Europa a nível de atrasos, quando existem na infraestrutura possibilidades de implementar soluções para minimizar os impactos”.

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