Segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), “esta evolução resultou do contributo mais negativo da procura externa líquida, verificando-se uma desaceleração das exportações de bens e serviços mais acentuada que a das importações de bens e serviços, e do contributo positivo menos intenso da procura interna, refletindo o crescimento menos acentuado do Investimento”.

A informação divulgada pelo INE surge em linha com as estimativas dos analistas contactados pela Lusa, que anteciparam um crescimento da economia de 2,1% em 2018.

O PIB, em termos homólogos, aumentou 1,7% em volume no quarto trimestre de 2018 (2,1% no trimestre anterior) e, face ao terceiro trimestre, avançou 0,4% (0,3% no trimestre anterior).

No quarto trimestre, refere o INE, “a procura externa líquida apresentou um contributo para a variação homóloga do PIB mais negativo que o observado no trimestre anterior, refletindo uma diminuição em volume das exportações de bens”.

Em sentido contrário, acrescenta o instituto, “o contributo positivo da procura interna aumentou, em resultado da aceleração do Investimento e do consumo privado”.

Face ao terceiro trimestre de 2018, o PIB aumentou, em termos reais, 0,4% (0,3% no trimestre anterior).

“O contributo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB foi menos negativo, enquanto o contributo positivo da procura interna se manteve positivo mas inferior ao observado no terceiro trimestre”, lê-se na estimativa rápida do INE.

O Governo estimou uma expansão de 2,3% do PIB no conjunto de 2018, mais otimista do que a previsão da Comissão Europeia, de 2,1%, e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), de 2,2%.