"Os resultados do ato eleitoral no imediato não deverão afetar significativamente o comportamento da bolsa nacional. Na parte final do ano, eventual ocorrência de situações de instabilidade relevante poderá afetar o comportamento da bolsa nacional", afirmou à Lusa a Maxyield.

Para a associação de investidores, a bolsa portuguesa guia-se sobretudo pelas tendências dos mercados europeus e norte-americanos, que se sobrepõem a fatores domésticos.

Além disso, o índice bolsista nacional já havia incorporado em parte, nos últimos três meses, "a instabilidade potencial derivada do cenário pós eleitoral", pelo que desde dezembro o PSI apresenta um "comportamento mensal em contraciclo com a trajectória de crescimento" dos mercados internacionais. A Maxyield espera que este comportamento se prolongue ainda que seja atenuado pela época de distribuição de dividendos, que serão "um fator de animação bolsista".

"Os desafios relativos à evolução do mercado bolsista nacional podem sentir-se após o processo de correção das cotações com o pagamento dos dividendos a ocorrer nos meses de maio e junho. Contudo, o início do ciclo de descida das taxas de juro nos Estados Unidos e Zona Euro, previsivelmente no limiar do segundo semestre, com impacto positivo nos mercados bolsistas internacionais, pode amortecer ou absorver os efeitos negativos internos sobre a evolução do mercado português", acrescenta a Maxyield.

Sobre o futuro Governo, a Maxyield espera que tenha "políticas de dinamização do mercado de capitais".

Na terça-feira, vários analistas contactados pela Lusa disseram que os investidores não têm grandes preocupações para já com a situação política de Portugal, o que é visível quer na bolsa quer nos juros da dívida pública, pois o país mantém para já a confiança conseguida devido à melhoria do seu risco.

A bolsa de Lisboa segue hoje, pelas 13:00, a negociar praticamente estável nos -0,24% para 6.128,02 pontos.