Na reunião do Eurogrupo mais aguardada desde que Mário Centeno tomou posse (em janeiro passado) como presidente do fórum de ministros das Finanças da zona euro haverá também lugar a um encontro alargado a 27 (já sem o Reino Unido) para preparar a cimeira de chefes de Estado e de Governo da próxima semana (29 de junho), na qual são esperadas decisões sobre a reforma da zona euro e aprofundamento da União Económica e Monetária.
Antes da reunião, haverá ainda lugar à reunião anual do Conselho de Governadores do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), também presidido por Mário Centeno e com sede no Luxemburgo, no qual será adotado o relatório anual de 2017 desta instituição, o fundo de resgate permanente da zona euro.
Relativamente à Grécia, e de acordo com a agenda da reunião do Eurogrupo, os ministros vão avaliar os progressos alcançados por Atenas na implementação das ações prévias previstas no quadro da quarta e última revisão do programa, o que lhes permitirá tomar uma decisão sobre “todos os elementos necessários” à conclusão bem-sucedida do “resgate” e à saída da Grécia do programa, prevista para 20 de agosto.
Os elementos, precisa o Eurogrupo, estão relacionados com o quadro de vigilância pós-programa, o montante da tranche final do apoio financeiro prestado pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade e possíveis medidas de alívio da dívida grega (que atinge 178% do PIB grego).
Na quarta-feira, o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, disse esperar que a reunião de hoje constitua “uma etapa histórica para a zona euro, em que se vira a página da crise”, com um acordo que ponha fim a oito anos de resgates à Grécia e aos programas de assistência que tiveram que ser prestados a vários países, incluindo Portugal.
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