Os seis países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) deverão crescer 2,4% em 2018 e 3% em 2019, após uma contração de 0,4% em 2017.

Organização de integração económica, o CCG integra seis Estados do Golfo Pérsico: Omã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Qatar, Bahrein e Kuwait. Juntos, estes seis países movimentam mais de 17 milhões de barris de petróleo por dia e as suas economias dependem fortemente da receita bruta do petróleo.

De acordo com um relatório do FMI, o défice global dos países exportadores de petróleo do Médio Oriente deve cair dos 118 mil milhões de dólares (104,7 mil milhões de euros) em 2017, para 41 mil milhões de dólares (36,4 mil milhões de euros) este ano.

No entanto, "as perspetivas de crescimento para os exportadores de petróleo continuam sujeitas a uma grande incerteza devido à evolução futura dos preços do petróleo", sublinhou o FMI, no relatório económico regional para o Médio Oriente e Norte de África.

No documento, o FMI indicou acreditar que o preço do barril do petróleo deverá cair e fixar-se nos 60 dólares em 2021, já que os preços atualmente elevados estão ser impulsionados pelo corte do fornecimento iraniano, que representa cerca de 5% das exportações mundiais, devido às sanções económicas impostas por Washinton.

O índice Brent, que estava recentemente a ser negociado acima dos 80 dólares, ronda atualmente os 70 dólares.

Após uma recuperação sustentada, os preços do petróleo perderam um quinto do valor em apenas um mês, com o Brent a ser negociado perto do seu nível mais baixo desde abril.

A perspetiva otimista do FMI não engloba toda a região. No Irão, as sanções económicas que os norte-americanos voltaram a impor deverão levar a um aumento superior a 40% da inflação iraniana até ao final do ano.

"Isso reflete em grande parte o impacto esperado da imposição de sanções dos EUA contra o Irão, que deve reduzir significativamente a produção de petróleo e as exportações, pelo menos nos próximos dois anos", acrescentou o FMI.

A instituição previu que a economia do Irão diminua 1,6% este ano e 3,6% em 2019.

O FMI pediu aos países-membros do GCC que continuem e ampliem as reformas, como o aumento de impostos para as empresas e a habitação, de forma a não estarem tão dependentes do preços volateis do petróleo.

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