A queda da atividade no segundo trimestre é, no entanto, menor do que a esperada pela maioria dos analistas e do próprio instituto, que no mês de junho estimavam que fosse de 17%.

O consumo das famílias, principal componente do crescimento, caiu 11%, os investimentos 17,8% e as exportações 25,5%.

“A evolução negativa do PIB no primeiro semestre de 2020 está ligada à cessação de atividades não essenciais no contexto da contenção implementada entre meados de março e início de maio”, explicou o instituto em comunicado.

“O levantamento gradual das restrições levou a uma recuperação gradual da atividade económica em maio e junho, após o ponto mais baixo atingido em abril”, pode ler-se na mesma nota.

O maior declínio trimestral do PIB antes da crise do coronavírus foi registado no segundo trimestre de 1968, afetado pela greve geral em maio, mas que foi seguida por uma recuperação de mais 8% no verão.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 667 mil mortos e infetou mais de 17 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (150.716) e mais casos de infeção confirmados (mais de 4,4 milhões).

Seguem-se Brasil (91.263 mortos, mais de 2,6 milhões de casos), Reino Unido (45.999 mortos, mais de 302 mil casos), México (45.361 mortos, mais de 408 mil casos), Itália (35.132 mortos e mais de 247 mil casos), França (30.254 mortos, mais de 331 mil casos) e Espanha (28.443 mortos, mais de 285 mil casos).