“Portugal registou, ao longo de 2016, das maiores descidas da taxa de desemprego na Europa, de dois pontos percentuais, com a taxa a ficar no limiar dos 10%. Baixaremos do limiar dos dois dígitos. Se o fizermos, teremos de pedir desculpa ao secretário-geral [da OCDE Angel] Gurría: o relatório prevê que tal não aconteça”, disse o governante.

Mário Centeno referia-se ao relatório da OCDE sobre a economia portuguesa que foi hoje divulgado e em que a organização refere que, tendo em conta o "baixo crescimento", mas também um salário mínimo mais elevado e a continuação da rigidez do mercado de trabalho, a queda do desemprego seja "muito mais lenta do que nos últimos dois anos" e que "é provável que o desemprego continue nos dois dígitos, entre os mais altos da União Europeia".

Reconhecendo a OCDE que o desemprego tem estado a cair, alerta que continua em "níveis desconfortavelmente elevados", nos 10,5%, uma proporção que é de 26,1% entre os jovens.

Hoje, na apresentação formal do relatório que decorre no Ministério das Finanças, em Lisboa, o ministro Mário Centeno referiu-se a esta projeção, mas para garantir que ela não se vai concretizar.