“No nosso [de Moçambique] caso concreto, a primeira e maior ameaça é de cariz económico e social e as assimetrias regionais, sobretudo ao nível de infraestruturas, e tudo isso se traduz em pobreza”, disse Patrício José.
O governante falava durante a aula de abertura do ano letivo no Instituto Superior de Estudos de Defesa (ISEDEF), na província de Maputo.
A pobreza manifesta-se na privação da maioria da população de bens essenciais como a alimentação, gerando focos de instabilidade política e social, declarou o vice-ministro da Defesa Nacional de Moçambique.
Patrício José assinalou que a falta de acesso à educação e saúde e o alastramento de doenças endémicas, como a SIDA e tuberculose, também expõem o país a vulnerabilidades.
As mudanças ambientais, prosseguiu, colocam desafios à segurança nacional, pois as cheias e seca agravam a pobreza, levando muitas comunidades ao desespero.
“As cheias e seca prolongada vão agravar a situação de pobreza e essas ameaças conjugadas põem em perigo a estabilidade do nosso Estado”, afirmou.
O país também deve estar preparado para enfrentar a pirataria, devido à sua imensa costa, e as ameaças cibernéticas, acrescentou.
Em declarações aos jornalistas, à margem da abertura do ano letivo no ISEDEF, o vice-ministro da Defesa Nacional assinalou que o país deve aprimorar a sua prontidão contra as ameaças à segurança nacional, considerando complexos os desafios da Defesa.
“Claro que estamos preparados [para garantir a segurança nacional], a prova disso é que em mais de 40 anos de independência, Moçambique não perdeu um centímetro do seu território”, concluiu.
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