A empresa constituída pelo Grupo Idealmed [responsável pela maior unidade de saúde privada na região Centro], a Oman Brunei Investment Company e a Suhail Bahwan Group está direcionada para o mercado externo na área da saúde, assumindo-se como "entidade exportadora de conhecimento, que pode vir a ser um interessante embaixador da cidade de Coimbra e do país no Mundo".
"A aventura no Médio Oriente iniciou-se há sensivelmente dois anos quando apresentámos a candidatura do hospital de Muscat, em Omã, que a Idealmed ganhou, num investimento de 70 milhões de euros, numa parceria formada pela Oman Brunei Investment Company e o Grupo Suhail Bahwan", disse o administrador José Alexandre Cunha, que preside ao grupo Idealmed.
Segundo José Alexandre Cunha, o projeto de Muscat e a composição societária da Globall IGHS transportaram a empresa "para um patamar de visibilidade que desconhecia e fez com que o trabalho começasse a ser observado no mercado internacional", nomeadamente daquela região.
De acordo com o administrador, foram os mesmos parceiros do projeto de Muscat que "incentivaram a concorrer a construir um hospital com 600 camas de internamento, que está a concurso, num investimento muito grande, de 860 milhões de euros".
"Este veículo para a internacionalização [Globall IGHS] consegue chegar a esta 'pool' final onde estão grandes empresas do mercado internacional, com muito mais experiência, capacidade e dimensão do que nós", sublinha o responsável, salientando que, das 33 empresas concorrentes inicialmente, apenas sete estão em condições de ganhar o concurso.
José Alexandre Cunha considera que "os parceiros foram os principais catalisadores desta candidatura e no fundo são eles que dão o músculo necessário para que a candidatura tenha o sucesso que aparentemente está a ter, apesar de não estar escrito em lado nenhum que seja a empresa que vai ganhar" o concurso, cujo resultado será anunciado em junho.
O presidente do Grupo Idealmed destaca "as competências e a capacidade de fazer" da Globall e o facto de "transportar" consigo o conhecimento de várias empresas e instituições portuguesas, "que podem fazer a diferença num projeto com estas características".
"É uma demonstração efetiva de reconhecimento ao trabalho e às competências intrínsecas à cidade, à região e ao próprio país e que até aqui ninguém quis organizar numa perspetiva de exportação de conhecimento e competências e nós, se calhar, tivemos a ousadia de o fazer com aparente sucesso", frisou José Alexandre Cunha.
E dá o exemplo de um gabinete de arquitetura e engenharia do Porto, que efetuou os projetos para o Hospital de Muscat e que "à custa disso conseguiu afirmar-se no Médio Oriente", salientando que o conceito é "garantir também o sucesso de outras empresas portuguesas naquela região".
Neste momento, a Globall IGHS tem já contratualizado mais de 105 milhões de euros de ativos no Médio Oriente, relativo à construção do hospital [70 milhões] de Muscat, em Omã, e de um centro clínico [35 milhões] em Doha, capital do Qatar.
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