“O Governo Regional acaba de dar a machadada final no turismo, o setor com maior impacto e efeitos devastadores da pandemia da covid-19″ nesta região autónoma, afirmou o deputado Rafael Nunes, do Juntos Pelo Povo (JPP), no plenário da Assembleia Legislativa da Madeira.

Em causa está a resolução do executivo madeirense que determina que parte do valor das estadias pagas pelos turistas com um resultado positivo no teste de despiste efetuado no Aeroporto da Madeira à chegada, e que tenham de ficar confinados numa unidade hoteleira selecionada, reverte para o Instituto de Administração de Saúde (IASaúde), para suportar despesas, entre as quais a desinfeção dos quarto que ocupam.

Rafael Nunes censurou a “falta de rigor com que se tratam estas matérias”, considerando que com esta medida “são os hoteleiros a assumir os custos” que antes eram suportados pelo Governo Regional.

“Não pode ser exigido aos hoteleiros despesa que lhes é alheia”, sustentou o deputado, opinando que “a situação ainda é pior no setor do alojamento local” e que a medida “vai contribuir para agravar o nível de desemprego” na região, que já atinge 11.800 pessoas.

Rafael Nunes defendeu “a necessidade de uma outra abordagem” nesta matéria, exemplificando com o recurso a uma apólice de viagem que cubra despesas com saúde.

“Insistir nesta medida é condenar as unidades hoteleiras da região ao fracasso e matar a nossa galinha dos ovos de ouro”, concluiu.

Em 29 de outubro, o presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, anunciou que parte das verbas já pagas pelos turistas que chegassem à Madeira e tivessem resultado positivo no teste de despiste para covid-19 à chegada seria reservada para suportar os custos do confinamento na unidade hoteleira selecionada.

O Governo da Madeira tem vindo a defender que os testes devem ser feitos na origem para evitar este tipo de situações.

De acordo com os mais recentes dados avançados pelo IASaúde, na segunda-feira a Madeira registou mais nove casos positivos de covid-19, reportando um total de 196 situações ativas e 52 outras em estudo.

O boletim epidemiológico indica que, dos 196 casos ativos no arquipélago, “144 são importados identificados no contexto das atividades de vigilância implementadas no Aeroporto da Madeira e 52 são de transmissão local”.

Destes, 125 são não residentes, estando 77 pessoas em isolamento num hotel.

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