Em declarações à entrada para a última reunião do ano dos ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo), Leão assumiu que “as expectativas são positivas” e lembrou que, “ainda na semana passada, a OCDE colocou Portugal a crescer 5,8% no próximo ano, acima das expectativas do Governo”, e observou que os mais recentes indicadores permitem antecipar um crescimento tão ou mais forte do que o assumido pelo Governo em outubro.

“Sabemos que noutros países, da Europa central e mesmo aqui na Holanda e na Bélgica, tiveram de tomar medidas mais restritivas [devido à pandemia da covid-19] do que em Portugal. Em Portugal, neste momento, não vemos a necessidade de tomar essas medidas e, nesse sentido, consideramos que o crescimento pode ficar até acima do que o Governo prevê para o próximo ano”, declarou.

“Neste momento, a recuperação tem sido tão forte nos últimos meses, que nós entendemos que há margem para crescer tanto ou mais do que o Governo previu”, reforçou.

O ministro das Finanças ressalvou, no entanto, que se vive “um contexto de incerteza”, pelo que há que “ter a humildade de perceber que a pandemia pode surpreender” e “levar a impactos mais significativos sobretudo na Europa e que acabem por afetar Portugal”.

“Mas, neste momento, os indicadores mais recentes que temos são indicadores de uma forte recuperação em Portugal, ainda mais do que tínhamos há dois meses quando apresentámos o Orçamento do Estado [para o próximo ano, entretanto rejeitado na Assembleia da República], e que nos permitem antever um crescimento igual ou acima dos 5,5% que prevíamos para 2022”, disse.

Já para 2021, o ministro adiantou que os mais recentes indicadores apontam para que seja cumprida a meta de crescimento antecipada pelo Governo, de 4,8%.

O ministro das Finanças, que permanece em Bruxelas até terça-feira para participar no Conselho de ministros das Finanças da UE (Ecofin), acrescentou que também no mercado de trabalho os desenvolvimentos são positivos, sublinhando designadamente que “a taxa de desemprego está a baixar mais rapidamente do que o esperado pelo Governo” e deverá ficar este ano abaixo da previsão de 6,8%.

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