“É a primeira cimeira dos ministros das Finanças da Europa e os governadores desde setembro, e vai ser a primeira presencial”, começou por dizer à Lusa João Leão, lembrando também que irão estar presentes em Lisboa “os comissários europeus e os responsáveis do Banco Central Europeu [BCE]”.

As reuniões informais do Eurogrupo (ministros das Finanças da zona euro) e do Ecofin, que contarão também com a presença dos governadores dos bancos centrais europeus, arrancam na sexta-feira e terminam sábado à hora do almoço, e realizam-se no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE).

“É a cimeira mais importante, porque é o momento de grande reflexão dos ministros das Finanças sobre os principais temas com que a economia europeia se defronta”, disse o presidente do Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia atualmente em exercício.

João Leão salientou que será discutido “o papel da política orçamental no futuro”, destacando o papel do “convidado especial” da cimeira, o antigo vice-presidente do BCE e governador do Banco de Portugal Vítor Constâncio, na discussão de “como é que a política orçamental e monetária se podem reforçar” nos próximos anos.

O ministro salientou que este “é um conselho mais estratégico, de grande reflexão”, que irá sobretudo “ajudar a criar condições para que depois a Comissão Europeia apresente planos”, em sintonia com os governos, para depois se poder “trabalhar em propostas mais concretas”.

Na agenda da discussão de ministros e governadores, irão estar ainda temas como a preparação para um ciclo virtuoso entre o setor financeiro e não financeiro, a economia ‘verde’ e impostos ambientais, ou ainda questões estruturais da recuperação económica.

Pelo Centro Cultural de Belém, em Lisboa, centro logístico da presidência portuguesa da UE, estarão responsáveis como o vice-presidente da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis, o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, a comissária para a Estabilidade Financeira, Mairead McGuinness, a economista-chefe da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Laurence Boone, ou a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.

Os trabalhos arrancam na sexta-feira com uma reunião informal do grupo de ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo), marcada para as 09:00, que contará também com a presença do presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), Klaus Regling.

No final, estão previstas declarações à imprensa do presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, bem como de Christine Lagarde, Paolo Gentiloni e Klaus Regling.

Depois do almoço, o programa prossegue uma ‘fotografia de família’ e com a presença dos governadores dos vários bancos centrais da União Europeia, numa reunião informal conjunta com o Ecofin (Conselho de Ministros das Finanças da UE).

Aí estará o painel de discussão acerca do impacto conjunto das políticas monetárias e orçamentais, encabeçado Vítor Constâncio, e também sobre a preparação para um ciclo virtuoso entre o setor financeiro e não financeiro, apresentado pela economista italiana Lucrezia Reichlin, da London Business School.

No final do dia, pelas 18:00, estão previstas declarações de João Leão aos jornalistas, a que se seguirá um habitual jantar informal no antigo Picadeiro Real, na zona de Belém, em Lisboa, com a presença dos ministros e governadores.

No sábado estão previstos mais dois painéis, o primeiro dedicado à recuperação ‘verde’ da economia e aos impostos ambientais, aberto pelo comissário europeu Paolo Gentiloni, que decorrerá das 09:00 às 10:30, e o segundo a questões mais estruturais da recuperação, a partir das 11:00, apresentado pelo diretor do ‘think-tank’ Bruegel, Guntram Wolff.

No final das sessões haverá novo encontro com a imprensa que, além de contar com João Leão, terá também a presença do vice-presidente do BCE Luis de Guindos e do vice-presidente executivo da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis.

Portugal assume a presidência do Conselho da União Europeia durante o primeiro semestre deste ano.

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