Os ganhos não recorrentes de licenciamento da Nokia contribuíram para o lucro, ainda que o valor tenha sido inferior ao previsto pelos analistas.

O lucro líquido atribuível aos acionistas foi de 497 milhões de euros, um aumento de 332 milhões de euros em relação ao ano anterior.

As vendas da Nokia caíram 20% para 4,7 mil milhões de euros.

A debilitação do mercado de equipamentos de telecomunicações, onde os operadores estão a reduzir os investimentos em 5G e outras tecnologias devido à incerteza económica e aos elevados custos de financiamento, prevaleceu no primeiro trimestre “como esperado”, disse o presidente executivo da Nokia, Pekka Lundmark.

“No entanto, registámos uma melhoria contínua na entrada de encomendas, o que significa que continuamos confiantes num segundo semestre mais forte e na concretização das nossas perspetivas para o ano inteiro”, afirmou Lundmark em comunicado.

A empresa sediada em Espoo, na Finlândia, é uma das principais fornecedoras mundiais de 5G, a última geração de tecnologia de banda larga, juntamente com a sueca Ericsson, a chinesa Huawei e a sul-coreana Samsung.

A rival nórdica Ericsson relatou dificuldades semelhantes no mercado, com uma grande queda nas vendas no primeiro trimestre.

O presidente executivo da Nokia disse ainda que a unidade de rede móvel, a segunda maior entidade de negócios da Nokia, foi impactada por níveis particularmente baixos de gastos em tecnologia 5G na América do Norte e na Índia durante o primeiro trimestre.