Num discurso perante alunos da Universidade de Sorbonne, em Paris, Macron apresentou a sua visão para uma Europa mais forte e mais unida.
Na zona euro, o Presidente francês afirmou que “o desafio fundamental é reduzir o desemprego, que atinge um em cada cinco jovens” e fazer da eurozona “uma potência económica concorrente da China e dos Estados Unidos”.
Para isso, defendeu, “é necessário um orçamento mais forte na zona euro” e “um ministro das Finanças da zona euro”.
O financiamento desse orçamento comum pode ter de vir também dos orçamentos nacionais dos países do euro, por exemplo através dos impostos sobre as empresas.
A Europa deve dotar-se de “instrumentos de solidariedade concreta pela convergência social e fiscal”, nomeadamente através dos “impostos sobre as empresas”.
Para Macron, os Estados membros da UE devem ser obrigados, “até 2020”, “a respeitar um intervalo de impostos sobre as empresas”. “O respeito” por essa regra “abriria o direito aos fundos estruturais”.
Macron defendeu também uma taxa sobre as transações financeiras na União Europeia (UE), cuja receita seja “integralmente afetada à ajuda” ao desenvolvimento.
“Há dois países na Europa que aplicam uma taxa às transações financeiras”, França e o Reino Unido. “Vamos pegar nessa taxa e generalizá-la ao conjunto da Europa”, disse.
O Presidente francês defendeu também que os “gigantes” da internet devem pagar impostos mais elevados e a regulação da atividade destas empresas coordenada.
“Acredito profundamente na economia da inovação”, mas “temos de ter este debate” sobre como tornar mais justo o pagamento de impostos.
Macron propôs a criação de um mercado único digital e uma agência europeia de inovação para apoiar a investigação em matéria de inteligência artificial.
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