Evitar um segundo resgate a todo o custo. É este um dos principais objetivos políticos de Mário Centeno para os restantes quatro anos do seu mandato. O ministro das Finanças português admitiu, numa entrevista dada à cadeia televisiva norte-americana CNBC, que fará tudo o que for necessário para evitar uma segunda intervenção da Troika.

A televisão norte-americana falou com Centeno antes da reunião da Ecofin - encontro dos ministros das finanças da Zona Euro -, no fim de semana passado em Bratislava.

Questionado sobre a possibilidade de um novo resgate, o ministro frisou que tudo fará para evitar pedir assistência financeira. "Essa é a minha principal tarefa. O compromisso que temos na frente orçamental e na redução da despesa pública é precisamente nessa direção", disse à CNBC.

O ministro das Finanças português esclareceu algumas das diretrizes da estratégia governativa ao afirmar que é "apenas parcialmente verdade" que o Governo português esteja focado no consumo. Mário Centeno diz que há "um foco substancial na recuperação de rendimentos, especialmente para as famílias", mas não se descura uma "politica para as empresas e para o investimento".

Apesar da contestação de vários representantes europeus sobre a devolução de direitos e aumento do salário mínimo, o ministro das Finanças deixou a garantia de que a atenção do Governo deve permanecer focada na recuperação dos rendimentos e no "baixar impostos que já deviam ser baixos, devido à natureza temporária dos aumentos".

Na mesma entrevista, Centeno reiterou o cumprimento do compromisso com as metas estabelecidas com Bruxelas, dizendo que desde o início do ano que o Orçamento tem sido ajustado em função dessas expectativas.

Desconstruindo perceções e reafirmando posições, Centeno negou ainda a perceção de um governo pouco reformista dizendo que  existe "um programa muito ambicioso que visa ajudar a recapitalizar as empresas. Estamos a fazer muitos esforços para estabilizar o nosso setor financeiro, o que é crucial para o investimento e para o crescimento da economia".

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