Para justificar a sua decisão, a agência de notação financeira mencionou três argumentos.

O primeiro foi a “resiliência acrescida” do crescimento da economia em Portugal, perante a recuperação do investimento.

A “contínua melhoria orçamental”, que apoia a expectativa da Moody’s quanto à manutenção da consolidação orçamental, foi o segundo.

Por fim, a redução dos riscos para o financiamento governamental foi o outro argumento usado pela agência, que argumentou com a “melhoria” da estrutura da dívida pública e a “apreciável” ‘almofada’ de liquidez.

Já a manutenção do ‘rating’ em Ba1, que ainda significa um ‘grau especulativo’, por contraposição ao ‘grau de investimento’, foi justificada pela dívida pública, “uma das mais elevadas da União Europeia”, e do setor privado, bem como pelas “fraquezas do setor bancário”.

Estes problemas limitam os benefícios de uma economia relativamente saudável, que compara bem com a dos seus pares, e uma muito forte solidez institucional.

De futuro, a Moody’s admite que possa rever em alta o ‘rating’, para grau de investimento (entre triplo A e Baa3), dentro de 12 ou 18 meses, se concluir que “as tendências económicas e orçamentais podem ser sustentáveis e que a dívida, muito elevada, apresenta uma tendência descendente”.

A melhoria da perspetiva agora divulgada significa que o ‘rating’ não deve ser revisto em baixa no período de tempo referido.

Porém, também são apontados riscos, como a diminuição do compromisso do Governo para com a consolidação orçamental e a redução da dívida, um crescimento económico inferior ao previsto, um aumento acentuado das taxas de juro ou ainda atrasos na recapitalização dos bancos mais fracos.

[Notícia atualizada às 22:41]