“Atualmente produzimos 1,5 milhão de barris de petróleo por dia e podemos produzir mais, temos um enorme potencial, mas temos um acordo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para manter a produção num determinado nível e permanecerá em vigor até julho”, disse Putin em conferência de imprensa na cimeira das Novas Rota da Seda, em Pequim, na China.

A instabilidade tomou conta do mercado desde segunda-feira passada quando os Estados Unidos anunciaram o fim das isenções de sanções para os países que importem petróleo bruto do Irão a partir de 02 de maio. Entre esses países estão a China, a Turquia e a Índia.

Os Estados Unidos querem pressionar Teerão a reduzir o programa nuclear e de mísseis.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assegurou que outros países, como a Arábia Saudita, assumiriam o controlo e compensariam o fecho ao petróleo iraniano.

Mas Riade disse na quarta-feira que não pretende aumentar a produção no futuro imediato.

À margem da cimeira em Pequim, Vladimir Putin concordou hoje com a posição da Arábia Saudita.

O chefe russo assegurou, contudo, que o seu país está “pronto para atender às necessidades não apenas da China, mas de todos os seus parceiros em todo o mundo”.

“As restrições dos Estados Unidos ao Irão devem entrar em vigor no início de maio e não consigo imaginar como o mercado global de energia reagirá”, acrescentou.

As receitas da venda de petróleo bruto são vitais para a economia do Irão, que sofreu uma grave crise, e as autoridades garantiram que as exportações não serão reduzidas a zero, como pretendem os Estados Unidos.

Esta semana o barril de petróleo Brent passou a barreira dos 75 dólares pela primeira vez desde o fim de outubro.

A OPEP, especialmente a Arábia Saudita, e a Rússia, aliada externa do cartel, têm desde início do ano reduzido a produção de crude, elevando o preço, e não há indicações de que vão compensar os barris que o Irão deixará de exportar.

O Banco Mundial previu esta sexta-feira que os preços médios do petróleo fiquem nos 66 dólares por barril este ano, diminuindo ligeiramente para uma média de 65 dólares por barril no próximo ano, criando dificuldades aos países exportadores, mas oferecendo oportunidades para os importadores.

Contudo, o Banco Mundial admite que as previsões estão sujeitas a medidas políticas, nomeadamente por parte da OPEP.

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