Apesar de ainda existirem cerca de 300 mil pessoas inscritas nos centros de emprego e 17% dos jovens estar desempregados, são vários os economistas que acreditam que o desemprego pode estar perto do seu limite mais baixo, de acordo com uma notícia do jornal Público, desta terça-feira.
Este limite de 6% será aquilo que se chama de taxa natural de desemprego, que nada mais é que uma taxa que "não gera pressões inflacionistas numa determinada economia, assumindo-se que é normal esperar-se que o desemprego real se encaminhe para esse ponto de equilíbrio. Neste momento, Portugal parece dirigir-se nessa direcção".
“A nossa taxa de desemprego há algum tempo que anda na faixa dos 6%. Após a pandemia de covid-19, tem-se mantido nessa ordem de grandeza há vários trimestres consecutivos”, nota Paulino Teixeira, professor na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, acrescentando que “tudo aponta no sentido de ser natural que tenhamos uma taxa de desemprego dessa ordem”.
Também o economista João Cerejeira considera que "provavelmente, estamos mesmo no limite inferior da taxa de desemprego”, destacando o aumento dos vencimentos.
“Neste momento, temos os salários a crescer ligeiramente acima da inflação, nalguns casos por escassez de oferta, a inflação subjacente tem descido menos do que a inflação associada aos produtos energéticos e alimentares e isso pode querer dizer que tem havido alguma tradução destes aumentos salariais na inflação. Não estou a dizer que foram os aumentos que fizeram subir a inflação, podemos é estar numa fase em que há um movimento de circularidade entre os aumentos salariais e a inflação que se está a verificar agora”, disse.
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