“Esperamos que as taxas de juro subam um pouco mais e que o volume do nosso balanço seja gradualmente reduzido”, afirmou Powell, ao ser ouvido numa comissão do Senado tendo em vista a sua confirmação no cargo de presidente do banco central norte-americano.

A instituição atualmente liderada por Janet Yellen, que vai deixar o cargo em fevereiro de 2018, já decidiu subir por duas vezes as taxas de juro ao longo de 2017 e prevê-se ainda um novo aumento na sua última reunião deste ano, em dezembro, devido à robustez da economia dos Estados Unidos.

Powell, de 64 anos, que integra o Conselho de Governadores da Fed desde 2012, afirmou que o banco central “tem sido paciente na hora de retirar os estímulos e que essa paciência tem funcionado bem”.

“O crescimento tem avançado (…) e agora é altura de normalizar as taxas de juro”, acrescentou, ao comentar o ritmo anual de crescimento económico, que há dois trimestres consecutivos tem ficado acima de 3%.

Sobre o reforço das normas de regulação impulsionadas durante a administração de Barack Obama para evitar novas crises financeiras, medidas que têm merecido críticas de Trump, com o argumento de que travam o crédito, Powell mostrou querer conciliar as duas posições.

“Continuaremos a avaliar formas de atenuar a carga regulatória, ao mesmo tempo que preservamos as reformas fundamentais” adotadas após a crise de 2008, adiantou.

Powell, nomeado por Trump no passado dia 02 de novembro, não deverá encontrar grande oposição no Senado, esperando-se a sua confirmação, dada a maioria republicana e a aparente intenção de continuidade em relação às políticas de Yellen.