“O Novo Banco tomou conhecimento do Relatório de Auditoria independente efetuado pela Deloitte realizado nos termos da Lei 15/2019 de 12 de Fevereiro e referente a factos ocorridos nesse mesmo ano”, pode ler-se num comunicado de imprensa hoje divulgado pela instituição financeira liderada por António Ramalho.
O banco congratula-se “pelo facto de, mesmo em tempo de alargado confinamento, a realização do presente relatório respeitar os prazos fixados e a sua apresentação ter ocorrido a 31 de março de 2021 conforme previsto”.
A instituição que sucedeu ao Banco Espírito Santo (BES) saúda ainda os resultados da auditoria, referindo que “mantém muitas das conclusões do anterior relatório, não detetando desconformidades relevantes”.
O documento “será analisado em detalhe e inserido, como o anterior relatório de 2000/2018, na prioridade dos objetivos de melhoria contínua do banco”, refere a instituição liderada por António Ramalho.
No entender do Novo Banco, a auditoria vem, depois da conhecida em 2020, “evidenciar o trabalho realizado pelo Banco na redução da exposição a ativos não produtivos (NPLs) e imóveis não afetos à exploração no quadro das exigências regulatórias e no quadro dos compromissos acordados pelo Governo com a Comissão Europeia”.
Segundo a instituição, que cita o documento (ainda não divulgado publicamente), continua a verificar-se que “uma parte muito substancial das perdas registadas em 2019 resulta de ativos originados maioritariamente em período anterior à constituição do Novo Banco”.
A auditoria da Deloitte ao Novo Banco, realizada depois da injeção de capital de 2020, relativa às contas de 2019, foi também hoje recebida pelo Banco de Portugal (BdP), que salienta a importância do mecanismo de capitalização contingente.
A instituição liderada por Mário Centeno salienta que a auditoria especial “volta a confirmar a importância do mecanismo de capitalização contingente para a recuperação do balanço do Novo Banco e para a sua viabilidade”.
Na semana passada, o Novo Banco anunciou que iria pedir mais 598,3 milhões de euros ao Fundo de Resolução ao abrigo do Mecanismo de Capital Contingente (MCC), para fazer face aos prejuízos de 1.329,3 milhões de euros reportados, relativos a 2020.
Assim, “o valor total das compensações solicitadas entre 2017 e 2019 e a solicitar relativamente a 2020 totalizam 3,57 mil milhões de euros”, sendo que o teto de transferências do acordo é de 3,89 mil milhões de euros.
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