Segundo fontes partidárias, socialistas, sociais-democratas e democratas-cristãos vão inviabilizar ambas as iniciativas que incluem a conceção de um novo plano estratégico para a instituição bancária.

O projeto de resolução dos comunistas refere a "necessidade urgente de assegurar a direção pública do Novo Banco, adquirindo ao fundo de resolução a totalidade do capital, com a respetiva remuneração dos empréstimos concedidos, a nomeação dos órgãos sociais e a elaboração de um plano estratégico para a banca pública que estabeleça os objetivos materiais e temporais".

O texto bloquista recomenda ao Governo do PS que "proceda à nacionalização do Novo Banco" e "promova e garanta" uma "rigorosa avaliação do seu balanço", "a melhor defesa dos interesses financeiros do Estado" e "o apuramento consequente de todas as responsabilidades, anteriores e decorrentes da resolução", além de um "debate alargado e democrático sobre o seu desígnio estratégico".

Nas suas mais recentes declarações, o ministro das Finanças, Mário Centeno, disse que a venda do Novo Banco avança "com bastante intensidade", embora escusando-se a fixar uma data limite para a sua conclusão porque tal "nunca é bom nem saudável" num processo de negociação que está a cargo do Banco de Portugal (BdP).

O Novo Banco foi criado em agosto de 2014 para trasladar os ativos menos tóxicos do extinto Banco Espírito Santo (BES), mas acumulou 2.000 milhões de euros de prejuízo desde então.

Através do fundo de resolução da banca, o Estado injetou 3.900 milhões de euros nesta instituição bancária devido aos riscos de contaminação do setor e, entretanto, dilatou os prazos para que os restantes bancos do mercado o reembolsassem.

Em setembro de 2015, um primeiro processo de venda foi cancelado porque o BdP considerou que nenhuma das propostas apresentadas era suficientemente razoável.