Segundo dados hoje divulgados pela associação do setor (APICCAPS), com base na informação disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), 2016 representa “o sétimo ano consecutivo de crescimento das vendas nos mercados externos”.
A APICCAPS destaca que, desde 2009, as exportações já aumentaram mais de 55% e o calçado português cresceu em praticamente todos os mais relevantes mercados externos.
“Relevante é o facto de as exportações portuguesas de calçado estarem a aumentar, desde 2010, para todos os 20 principais mercados do calçado português, com exceção do Reino Unido”, refere a associação em comunicado.
Assim, continua, embora as exportações continuem a apresentar alguma concentração nos grandes mercados europeus, as taxas de crescimento mais elevadas foram obtidas em mercados não tradicionais do setor que configuram oportunidades de diversificação: China (3108%), Emirados Árabes Unidos (608%), Estados Unidos (461%), Austrália (363%) e Polónia (295%).
No mesmo período, o preço médio de exportação aumentou 24%, “em consonância com o objetivo de afirmar a sofisticação e qualidade da oferta nacional”, acrescenta.
Entre os principais produtores mundiais de calçado, Portugal apresenta o segundo maior preço médio de exportação.
Fruto de uma aposta "sem precedentes nos mercados internacionais", Portugal exporta hoje mais de 95% da sua produção, para 152 países, nos cinco continentes, sinaliza ainda.
A APICCAPS estará presente na maior feira de calçado do mundo do setor que se realiza em Milão e arranca no domingo.
Na theMicam, Portugal estará representado por 97 empresas, naquela que será uma das maiores participações de sempre do setor num evento no exterior e contará com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral.
O INE divulgou hoje que as exportações e as importações portuguesas aumentaram 0,9% e 1,2%, respetivamente, em 2016, face ao ano anterior, tendo o défice comercial subido 281 milhões de euros.
As exportações de bens registaram uma desaceleração face ao acréscimo de 3,7% verificado em 2015, à semelhança das importações de bens, que cresceram menos do que em 2015 (2,2%).
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