Depois de ser destacado ainda este ano num relatório do Banco Mundial como um dos quarenta países mais propícios para fazer negócio, Portugal foi também considerado pelo European Innovation Scoreboard 2020 o 12º país mais inovador da União Europeia, ocupando a melhor posição de sempre no ranking internacional. O país tem vindo a destacar-se cada vez mais como um hub europeu de empreendedorismo e inovação e razões para tal não faltam.

Para além da disponibilidade de capital e investimento para startups em diversos estágios e do apoio ao seu crescimento por meio de uma ampla rede de organizações especializadas, também estão presentes no país grandes núcleos universitários e comunidades de investigação que promovem continuamente o desenvolvimento tecnológico. É de destacar que Portugal tem um nível de proficiência em inglês “muito elevado”, segundo o relatório EF English Proficiency Index (EF EPI) de 2019. O país ocupou o 12º lugar do índice, juntando-se a um restrito grupo de países – na sua maioria nórdicos – que foram classificados com a nota mais elevada.

O ecossistema português beneficia ainda de vários intervenientes cujo principal objetivo é  proporcionar oportunidades para a comunidade empreendedora portuguesa e partilhar experiências e mentoria. Para criar impacto a nível local, existem incubadoras, aceleradoras e consultoras focadas na inovação tecnológica disponíveis a ajudar os empreendedores a desenvolver as suas ideias. Para além disso, está a ser construído, em Lisboa, o Hub Criativo do Beato, um centro de inovação que irá acolher 3000 pessoas dedicadas ao futuro da inovação tecnológica e digital. A Startup Portugal, por exemplo, atua no desenvolvimento do ecossistema empreendedor português a nível nacional e funciona como um intermediário entre governo, empreendedores, incubadoras e aceleradoras.

Todos estes fatores resultaram na criação de startups com ADN português que são autênticos casos de sucesso e se tornaram unicórnios [empresas avaliadas em pelo menos mil milhões de dólares]. Existem atualmente três unicórnios em território nacional: a Outsystems, empresa de desenvolvimento de aplicações de software; a Talkdesk, fornecedora de serviços de call center alojados na cloud [rede global de servidores, cada um com uma função única]; e a Farfetch, empresa de comércio eletrónico de moda de luxo.

O ecossistema empreendedor português vai muito para além destes grandes unicórnios tecnológicos, havendo inúmeras startups com distinções a nível internacional. No início deste ano, por exemplo, as startups portuguesas HiJiffy e Live Electric Tours foram vencedoras de duas categorias da Global Tourism Startup Competition, um concurso da Organização Mundial do Turismo que distingue a inovação e sustentabilidade nas atividades turística.

É importante destacar também Lisboa como um dos principais hubs portugueses de empreendedorismo. Para além da capital portuguesa ter uma comunidade crescente de empresas estrangeiras inovadoras, como a Fujitsu, Siemens, Amazon e Microsoft, entre outras, Lisboa foi também classificada este ano como o 12º melhor ecossistema emergente, segundo o Global Startup Ecosystem Report 2020 da Startup Genome.

Outro fator que veio fortalecer a imagem de Portugal no panorama internacional foi a Web Summit — a maior conferência tecnológica europeia — que se realiza anualmente na capital portuguesa desde 2016. Esta conferência serve de “montra desta imagem de Portugal e é uma oportunidade única para reforçar o seu posicionamento como país aberto ao investimento e ao conhecimento”, afirma Pedro Siza Vieira, Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital.

Todos estes fatores contribuem para que Portugal seja considerado um país que preza o desenvolvimento tecnológico e a inovação. Contudo, em tempos difíceis como a pandemia do novo coronavírus que estamos a presenciar, torna-se absolutamente fundamental para qualquer país encontrar soluções para os problemas encontrados. Em abril, Portugal foi classificado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) como o país com mais projetos inovadores para combater a Covid-19. Os dados da OCDE mostram que existiam mundialmente 148 soluções criativas, 17 das quais em Portugal.

Esta imagem internacional do país, enquanto hub de inovação, é fruto de um longo percurso de conquistas nos mais variados níveis e da aposta contínua no desenvolvimento tecnológico através de várias instituições e entidades nacionais e locais de promoção ao ecossistema empreendedor português.

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