Segundo o estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), França, com 32% do PIB, lidera a despesa pública em áreas como pensões, cuidados de saúde e subsídios de desemprego, enquanto Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Itália, Noruega e Suécia dedicam mais de um quarto do PIB ao apoio social público.

“Depois de contabilizar a despesa social privada e o impacto do sistema fiscal, os Estados Unidos são o segundo maior gastador, com pouco menos de 30% do PIB”, refere o estudo.

Em contrapartida, a despesa social pública em países como o Chile, Colômbia, Costa Rica, Irlanda, Coreia, México e Turquia representam menos de 15% do PIB.

No estudo, a OCDE sublinha que a pandemia da covid-19 deverá conduzir a um aumento acentuado das despesas sociais nos próximos anos, mas que estes dados só estarão disponíveis até à próxima atualização da base de dados da organização sobre Despesas Sociais, prevista para 2022.

O estudo indica ainda que em média na OCDE, em 2019, a despesa com pensões é a maior rubrica da despesa social pública (7,8% do PIB), seguida da despesa pública com a saúde (5,6% do PIB).

Esta mesma relação ocorre em Portugal em 2019, que gastou 12,7% do PIB em pensões e 5,7% do PIB em saúde, além de 3,3% em apoios diretos à população trabalhadora e 5% em serviços sociais.

Com mais de 15% do PIB, a despesa pública com pensões é mais elevada em Itália e na Grécia e mais baixa no Chile, Coreia e México, com cerca de 3% do PIB.

Em França e na Alemanha a despesa pública com a saúde é superior a 8% do PIB, enquanto é mais baixa nos Países Baixos (2,6% do PIB), onde as seguradoras privadas desempenham um papel importante no fornecimento de cobertura de cuidados de saúde obrigatórios.