Carlos César, presidente dos socialistas, falava aos jornalistas no final da reunião da Comissão Nacional do PS, que durou cerca de três horas e que se destinou a analisar a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2017.
Interrogado sobre a pressão exercida por Bloco de Esquerda e PCP para que, em sede de especialidade sejam introduzidas alterações ao Orçamento, grande parte delas exigindo mais despesa, o líder da bancada socialista começou por considerar natural esse cenário de pressão política e demonstrou abertura de princípio para acolher alterações.
"Na fase de especialidade da discussão do Orçamento é natural que surjam mais propostas para fazer mais despesa do que propostas que descobrem novas receitas. Mas todos nós temos consciência de que temos metas orçamentais que precisam de ser cumpridas", vincou o presidente do Grupo Parlamentar do PS.
Depois, neste mesmo contexto, Carlos César observou que essas metas orçamentais "foram aliás aprovadas", já que integram o próprio relatório do Orçamento do Estado para 2017.
"Sabemos que não nos podemos desviar dessas metas e dos nossos compromissos externos. Sabemos nós socialistas e sabem os nossos parceiros partidários e sociais", declarou o presidente do PS.
Questionado sobre a margem existente para acomodar propostas a favor de um maior aumento das pensões, o presidente do PS afirmou que "há margem para algumas alterações, que implicarão alguma despesa".
"Mas essa despesa terá de ser compensada por alguma receita", acrescentou.
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