"O país merece agora um debate responsável. Não espera maiorias negativas, por serem isso mesmo. Por serem negativas", disse Mário Centeno na sua intervenção no debate na generalidade da proposta de OE2020, que decorre hoje no parlamento.
Mário Centeno afirmou que Portugal não esperaria "maiorias negativas que acrescentassem medidas que, por terem visões políticas opostas, nunca se entenderiam na forma de as financiar".
O ministro defendeu também que o país "não espera medidas que por aumentarem a despesa ou reduzirem impostos, ou pior ainda, por ambas, ponham Portugal no caminho do aumento da dívida, dos défices excessivos e de mais impostos amanhã", ou "medidas que alterem o equilíbrio orçamental, colocando em causa a credibilidade do caminho seguido e a estabilidade e a segurança conquistadas pelos portugueses".
"Tudo isto seria triste se existisse, e isso sim seria uma fraude democrática. Não um fado, mas um fardo, sobretudo para as gerações futuras. Os portugueses merecem de todos nós mais responsabilidade", afirmou Mário Centeno.
O ministro apelou aos deputados que "não tentem ser pessoanos": para não votarem "as medidas de despesa com um heterónimo gastador e as de receita com um heterónimo aforrador".
O também presidente do Eurogrupo defendeu que "a responsabilidade orçamental, a boa gestão das contas públicas, que primeiro se estranha e depois se entranha, devolveu aos portugueses a autoestima e pôs os nossos parceiros europeus a olhar para Portugal como um modelo de inclusão social responsável".
"Os portugueses não toleram caminhos que não sejam de responsabilidade", concluiu o ministro Mário Centeno.
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