José Luís Carneiro falava na sede nacional do PS, em Lisboa, no início de uma conferência com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, numa breve intervenção em que criticou a proposta do partido liderado por Rui Rio no sentido de reduzir de 23 para 6%, a partir de outubro, o IVA da eletricidade para consumo doméstico.
O "número dois" da direção dos socialistas, tal como o Governo, estimou em 800 milhões de euros por ano o impacto na receita do Estado caso essa medida seja aprovada até quinta-feira no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2020.
"A ética da República exige que o presidente do PSD diga com clareza onde vai cortar. O doutor Rui Rio vai cortar nas pensões, nas atualizações dos salários dos trabalhadores da administração pública, nas políticas de investimento público, ou na educação, Ensino Superior e saúde?", questionou.
Antes, José Luís Carneiro citou afirmações de Rui Rio proferidas em dezembro passado, dizendo que não faria essa proposta de redução do IVA da eletricidade se colocasse em causa as contas públicas.
O secretário-geral adjunto do PS disse ainda que, de julho para o período posterior às eleições legislativas, os sociais-democratas deixaram cair a redução do IVA do gás, passando apenas a falar no IVA na eletricidade.
"Desde julho do ano passado que o PSD anda aos ziguezagues nesta questão. Estamos agora perante uma grave irresponsabilidade orçamental, mas também uma grave irresponsabilidade em relação às gerações mais novas ao agravar-se a dependência energética do país", acrescentou.
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