Quanto à possibilidade de uma abstenção dos três deputados do PSD/Madeira na votação na generalidade do documento, o vice-presidente da bancada Afonso Oliveira diz que “não existe de momento nenhum assunto para tratar”.

“Este orçamento é claramente um orçamento de continuidade como disse o primeiro-ministro e bem: continuidade na carga fiscal, que aumenta mais uma vez. É um erro, um caminho diferente do que nós seguiríamos. Se fôssemos Governo, o nosso caminho seria de redução da carga fiscal aos portugueses, o que traduz uma diferença absoluta”, afirmou Afonso Oliveira, em declarações aos jornalistas no parlamento.

Salientando que a proposta do executivo foi conhecida já perto da meia-noite de segunda-feira, o deputado social-democrata quis apenas deixar outra nota, relativa ao investimento público.

“Mais uma vez o Orçamento do Estado reflete uma previsão de investimento público nas várias áreas sensivelmente igual ao que se previa para 2019 e que não foi concretiza em grande parte”, referiu.

“A palavra chave que me parece central neste Orçamento do Estado é que é um orçamento de continuidade pelas más razões”, acrescentou.

Questionado sobre qual será o sentido de voto do PSD, Afonso Oliveira remeteu esse anúncio para momento posterior, mas salientou que “na questão central da carga fiscal” o partido já sinalizou que o seu caminho “seria diferente”.

Sobre a possibilidade de os três deputados do PSD/Madeira se poderem abster na votação na generalidade, o vice-presidente da bancada recusou fazer qualquer comentário neste momento.

“O grupo parlamentar do PSD não vai fazer comentários neste momento sobre essa matéria, até porque não existe neste momento nenhum assunto, nenhum tema para tratar. Quando houver, se houver, na altura certa tomar-se-ão as posições adequadas, mas neste momento não há matéria para tratar mesmo”, afirmou.