Na quarta-feira, fonte oficial do Ministério das Finanças adiantou à Lusa que a despesa com medidas extraordinárias da Segurança Social decorrentes da pandemia somou 804,9 milhões de euros no primeiro trimestre, representando 42% da despesa de todo o ano 2020 e superando o total orçamentado para 2021.
O total de 804,9 milhões de euros em medidas extraordinárias da Segurança Social até março inclui ainda apoios na ordem dos 147,4 milhões de euros em outras prestações sociais, designadamente o apoio excecional à família (33,8 milhões de euros), subsídio de doença covid (48,3 milhões), prestações por doenças profissionais (2,7 milhões), isolamento profilático (51,6 milhões) e subsídios de assistência a filho e a neto (10,8 milhões).
Para todo o ano em curso, o valor orçamentado pelo Governo para despesa com medidas extraordinárias da Segurança Social no âmbito da pandemia era de 776 milhões de euros.
Na sexta-feira, fonte do ministério liderado por João Leão revelou que a despesa total do Serviço Nacional de Saúde (SNS) cresceu 5,9%, no primeiro trimestre do ano (160,2 milhões de euros), face a 2020, atingindo os 2.883,8 milhões de euros.
A despesa do SNS com pessoal de saúde “disparou” 10,4% nos três primeiros meses do ano (mais 119,6 milhões de euros), com um crescimento homólogo de 8% do número de profissionais ao serviço (mais 10.829 trabalhadores).
Entre o número de novos trabalhadores contratados pelo SNS, as Finanças destacam a subida do número de enfermeiros, com mais 7,5% de trabalhadores ao serviço (3.428 trabalhadores), e dos assistentes operacionais, com mais 14,5% (3.927 trabalhadores).
A despesa com aquisição de bens e serviços cresceu, por sua vez, 3,8%, o equivalente a 55,7 milhões de euros, de acordo com a fonte.
Ambos os dados foram revelados em antecipação à síntese da DGO a ser divulgada hoje, contando ainda com um comunicado da parte das Finanças a dar conta do saldo orçamental na ótica de caixa (contabilidade pública).
Até fevereiro, o saldo orçamental das administrações públicas em Portugal foi negativo em 1.153 milhões de euros, um agravamento de 2.504 milhões face ao mesmo período do ano passado, divulgou o Ministério das Finanças no mês passado.
“A execução orçamental em contabilidade pública das Administrações Públicas (AP) até fevereiro registou um défice de 1.153 milhões de euros, um agravamento homólogo de 2.504 milhões de euros explicado pelo impacto das medidas de confinamento para travar a propagação da pandemia”, de acordo com um comunicado sobre a execução orçamental divulgado em 25 de março.
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