“Em 2021, o Governo dá prossecução aos trabalhos de construção do Novo Hospital Central do Alentejo, num valor de 25.868.861,24 euros” pode ler-se na versão preliminar da proposta de OE para 2021, a que a agência Lusa teve hoje acesso.

O projeto do novo Hospital Central do Alentejo, que vai “nascer” num terreno na periferia da cidade de Évora, envolve um investimento total superior a 180 milhões de euros, estando previsto que a construção esteja concluída em 2023.

Este montante integra os 150 milhões de investimento previsto, incluindo 40 milhões de fundos europeus, e aos quais acresce 23% do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).

O concurso público da empreitada foi ganho pelo grupo espanhol Aciona e, no passado dia 23 de setembro, na Assembleia da República, o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, José Robalo, assegurou que a adjudicação deverá ocorrer até ao final do ano.

Nesse dia, na comissão parlamentar de Saúde, José Robalo foi confrontado pelos deputados sobre atrasos verificados na adjudicação desta obra, que já motivaram críticas de partidos políticos e da Câmara de Évora.

O responsável explicou que a demora se deveu a uma “diferença em relação ao cronograma financeiro que a ARS tinha projetado” e aos efeitos da pandemia de Covid-19, mas assegurou que o processo vai ficar concluído até ao final do ano.

“O que posso garantir é que a adjudicação será feita até ao final do ano e depois será enviada para o Tribunal de Contas”, sublinhou.

José Robalo adiantou ainda que vai ser feita uma reprogramação da obra para que se possa obter um financiamento comunitário superior ao previsto, diminuindo o contributo nacional no investimento.

Contactado hoje pela Lusa, Robalo reafirmou que a adjudicação será concretizada até final do ano e referiu que a reprogramação “não interfere” neste passo, pois, “é um processo paralelo”.

“Primeiro faz-se a adjudicação, segue para Tribunal de Contas e, depois, conforme se vai desenvolvendo o processo, vamos ver se conseguimos alavancar” o projeto para procurar obter “mais fundos comunitários”, sublinhou.

O Hospital Central do Alentejo, que terá uma lotação de 351 camas em quartos individuais, que pode ser aumentada, em caso de necessidade, até 487, visa dar resposta às necessidades de toda a população do Alentejo, com uma área de influência de 1.ª linha para cerca de 200 mil pessoas e de 2.ª linha para mais de 500 mil pessoas.

A infraestrutura contará com onze  blocos operatórios, três dos quais para atividade convencional, seis para atividade de ambulatório e dois para atividade de urgência, cinco postos de pré-operatório e 43 postos de recobro.

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