De acordo com o relatório “A Situação e Perspetivas Económicas Mundiais das Nações Unidas (WESP) 2022”, a recuperação económica global “está a enfrentar ventos contrários significativos entre as novas ondas de infeções por covid-19, desafios persistentes do mercado de trabalho, desafios persistentes das cadeias de abastecimento e crescentes pressões inflacionistas”.

As Nações Unidas estão, no entanto, ligeiramente mais otimistas face ao relatório de 2021, mesmo com a identificação de riscos negativos significativos durante o quarto trimestre de 2021, melhorando as projeções para 2021 em 0,8 pontos percentuais (pp.) e para 2022 em 0,6 pp..

“Sem uma abordagem global coordenada e sustentada para conter a covid-19, que inclua o acesso universal a vacinas, a pandemia continuará a representar o maior risco para uma recuperação inclusiva e sustentável da economia mundial”, disse Liu Zhenmin, subsecretário-geral da Departamento de Assuntos Económicos e Sociais das Nações Unidas, em comunicado.

ONU está mais otimista e prevê economia da zona euro a crescer 4% este ano

As Nações Unidas estão mais otimistas para o crescimento da zona euro, projetando uma expansão de 4% este ano, desacelerando para 2,5% em 2023, segundo os dados divulgados hoje.

De acordo com o relatório "Situação e Perspetivas Económicas Mundiais das Nações Unidas (WESP) 2022", o crescimento dos países da moeda única deverá desacelerar até 2023. No entanto, a organização melhorou as projeções para este ano em 1,4 pontos percentuais (pp.) face ao último relatório.

Por outro lado, cortou as projeções de expansão em 2021 para 4,7%, menos 0,3 pp. do que anteriormente.

Para o total dos 27 Estados-membros da União Europeia, as Nações Unidas esperam um crescimento de 3,9% este ano e de 2,6% em 2023, após uma retoma de 4,7% no ano passado.

"As perspetivas para as economias europeias para 2022 são mistas", refere o relatório, explicando que o crescimento pode desacelerar devido aos efeitos base mais fracos e ao início da redução gradual dos estímulos.

Contudo, assinala, os países da União Europeia deverão começar a beneficiar da combinação do orçamento plurianual de 2021 a 2027 e do Mecanismo de Recuperação e Resiliência.