De acordo com o relatório e contas consolidadas relativas ao primeiro semestre, hoje divulgado à Comissão de Mercado e Valores Mobiliários (CMVM), o resultado consolidado do grupo Parpública no primeiro semestre de 2019 atingiu os 46,5 milhões de euros, valor que compara com o prejuízo de 13,9 milhões de euros no período homólogo.

“Verifica-se assim uma melhoria muito significativa do resultado consolidado, a qual teve origem, no essencial, na própria Parpública e nas empresas do Grupo AdP [Águas de Portugal], sendo, no entanto, de sublinhar que todos os segmentos das atividades operativas apresentam resultados positivos, tal como havia já acontecido em 2018″, refere a empresa.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Parpública, Miguel Cruz, destaca que “este resultado é obtido apesar da sazonalidade reconhecida nalgumas atividades e empresas, que tradicionalmente condiciona os resultados consolidados do primeiro semestre”.

O resultado anual de 2018 foi de 70,4 milhões de euros.

“O crescimento dos resultados traduz uma evolução muito favorável do desempenho das várias empresas do grupo, onde todos os segmentos de negócio registam resultados positivos e, no essencial, superiores aos do primeiro semestre de 2018″, afirmou.

Entre o universo da Parpública estão as participações na TAP, Galp, Águas de Portugal, Estamo, FLORESTGAL, Companhia das Lezírias, Baía do Tejo, Inapa, Sagesecur, Lisnave, Imprensa Nacional Casa da Moeda, entre outras.

As suas atividades distribuem-se assim pelas áreas de gestão e promoção imobiliária, exploração agrícola, pecuária e florestal, produção de moeda, publicações e produtos de segurança, águas e mercados abastecedores.

De acordo com o responsável, o aumento dos resultados do grupo foi, em grande medida, influenciado pelos efeitos positivos da redução do seu endividamento, que mantém uma trajetória de forte redução, tendo diminuído, neste triénio, de 3,6 mil milhões no início de 2017 para 2,7 mil milhões no início de 2018, 2,2 mil milhões no início de 2019 e 1,5 mil milhões no final do primeiro semestre de 2019.

Esta redução, e a inerente diminuição dos juros suportados, tem vindo a contribuir de forma muito significativa para a obtenção de resultados líquidos positivos e para a consolidação da situação financeira da ‘holding’ e do grupo, sinalizou.

Em consequência, acrescentou, os indicadores financeiros continuam a evoluir muito favoravelmente, demonstrando a adequação da estratégia que vem sendo seguida e que visa o reforço da sustentabilidade económica e financeira, nomeadamente com as melhorias dos rácios de solvabilidade e de autonomia financeira, que passaram, entre períodos semestrais homólogos de 2018 e de 2019, de 120% para 150% e de 55% para 60%, respetivamente.