Às 11:30 em Lisboa, o petróleo bruto do Mar do Norte Brent para entrega em maio desceu 1,43% para 76,34 dólares, negociando ao nível mais baixo do ano.

O homólogo norte-americano, West Texas Intermediate (WTI), para entrega em abril, desceu 1,53% para 70,24 dólares, pouco depois de atingir 69,76 dólares, um mínimo de 15 meses.

Os preços de ambos os valores de referência mundiais caíram mais de 8% numa semana.

As repercussões da falência do banco americano Silicon Valley Bank (SVB) continuam a “afetar os mercados financeiros e o mercado petrolífero”, afirmam os analistas da Energi Danmark citados pela AFP, pressionando os investidores a favorecerem portos seguros.

“O mercado receia uma recessão e uma queda da procura está a empurrar os preços para baixo”, afirmam.

Hoje, as preocupações sobre a situação dos bancos cristalizaram-se em torno das dificuldades do Credit Suisse, enquanto o maior acionista, o Saudi National Bank, excluiu qualquer aumento do capital do banco em dificuldades.

“O que começou como uma crise bancária regional nos EUA transformou-se subitamente numa crise europeia”, disse Chris Beauchamp, analista do IG, à AFP.

O petróleo tinha começado a sessão europeia mais alto depois de “uma enxurrada de dados macroeconómicos positivos” da China, o maior importador mundial de crude, disse Stephen Brennock, um analista da PVM Energy.

As vendas a retalho do país, o principal indicador do consumo doméstico, registaram a primeira recuperação desde setembro, sinal de uma recuperação na atividade desde o levantamento das restrições anti-covid.

Os analistas da DNB também apontaram para um aumento da produção das refinarias chinesas em janeiro e fevereiro, indicando também uma recuperação na procura de combustível.

Na terça-feira, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) tinha revisto em alta a procura chinesa no relatório mensal.