"Está definitivamente executado o plano para 2016. Em setembro ficaram cumpridas as exigências do plano de reestruturação do banco", afirmou hoje António Ramalho, na intervenção inicial na Comissão de Trabalho e Segurança Social, onde foi chamado a propósito dos despedimentos na instituição.
O presidente do Conselho de Administração garantiu que mesmo que as garantias do Estado ao Novo Banco se prolonguem "durante mais tempo não exigirá um esforço adicional, além da redução natural".
Quando, em dezembro do ano passado, foram estendidas as garantias estatais ao Novo Banco e a data limite para a sua venda foi estendida até agosto de 2017, a Comissão Europeia impôs "novos remédios".
Um deles era a necessidade de cortar mais 500 postos de trabalho além das 1.000 saídas já concretizadas.
António Ramalho explicou que "os compromissos europeus" - das 1.500 saídas - serão facilmente alcançadas com a redução natural (por reformas e saídas voluntárias), que tem uma média de "30 a 40 pessoas por mês".
"Não existe risco de tensão social no Novo Banco", declarou o gestor.
António Ramalho explicou que as 1.253 saídas do Novo Banco até setembro incluem 219 trabalhadores de operações internacionais alienadas, referindo que "se nenhuma destas transações se tivesse realizado, o número de saídas seria de 1.034, o que dá cumprimento aos acordos pré-definidos".
Até ao final do ano, “o número de saídas atingirá o valor próximo de 1.300, o que quer dizer que mesmo que as garantias do Estado se mantivessem durante mais tempo não exigiria um esforço adicional, além da redução natural”.
As mesmas contas servem para o ano de 2017, em que a média de 30 a 40 saídas 'naturais' por mês permite alcançar a meta das 1.500 saídas assumidas no plano de reestruturação com Bruxelas até ao final de junho.
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