Os números hoje libertados pela Direção-Geral do Orçamento (DGO) relativos à síntese de execução orçamental dos primeiros sete meses do ano demonstram que houve um recuo homólogo de 15,8% nos juros pagos no âmbito dos empréstimos do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF).
O Estado reduziu também o pagamento em comissões referentes ao PAEF para 11 milhões de euros até julho, menos 4,9 milhões de euros (30,8%) do que os 15,9 milhões de euros pagos até julho de 2016.
Considerando todos os instrumentos da dívida direta do Estado, Portugal pagou 4.871 milhões de euros em juros e comissões até julho, menos 1,1% do que os 4.923,8 milhões de euros pagos nos primeiros sete meses do ano passado.
"O decréscimo da despesa com juros e encargos da dívida direta do Estado (-0,9%) justifica-se, sobretudo, com a redução dos juros relativos aos empréstimos obtidos ao abrigo do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), na sequência da extensão da maturidade do empréstimo do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF) e das amortizações do empréstimo do Fundo Monetário Internacional ocorridas no final de 2016 e no início de 2017", indicou a DGO.
E acrescentou: "Destaque ainda para a diminuição dos juros associados a Certificados de Aforro (CA) e Certificados do Tesouro (CT), devido ao fim do pagamento de prémios extraordinários nas séries B e C de Certificados de Aforro, com impacto nos juros suportados desde abril".
Em sentido inverso, "relevou o aumento dos juros com Obrigações do Tesouro, em virtude da alteração do seu perfil intra anual (com um peso maior dos juros a pagar a incidir nos meses de abril e julho), bem como dos juros associados a “Outros instrumentos”, em consequência do pagamento do primeiro cupão de uma série de obrigações emitida, em 2016, ao abrigo do programa 'Medium Term Note'", sublinhou a DGO.
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