Segundo o boletim mensal do mercado de combustíveis da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), “quer os PVP [preços de venda ao público] (médios) dos combustíveis rodoviários e do GPL engarrafado, quer as introduções a consumo de combustíveis em Portugal aumentaram, sobretudo, devido ao levantamento progressivo das medidas de confinamento”.

De acordo com o regulador, “julho registou o terceiro mês consecutivo de aumentos do PVP da gasolina simples 95, em 2020″, tendo encerrado “com o PVP em tendência crescente (+3,2%) face a junho”, de 1,391 euros por litro para 1,435 euros/litro, “mas ainda sem atingir os valores de março (1,451 euros/litro)”.

“A maior fatia do PVP paga pelo consumidor corresponde aos impostos, que na gasolina representam aproximadamente 65% do total da fatura”, nota.

Já no caso do gasóleo simples, “o PVP registou a segunda subida desde o início de 2020″, passando de 1,224 euros/litro em junho para 1,263 euros/litro em julho, terminando este mês “com o PVP em tendência crescente (+3,2%), colocando-o a valores já registados no mês de abril”.

Também no gasóleo “a maior fatia do PVP paga pelo consumidor corresponde aos impostos, seguida do valor da cotação internacional e frete, as quais, cumulativamente representam mais de 80% da fatura total”.

Quanto ao preço médio de venda do GPL (Gás de Petróleo Liquefeito) Auto, subiu em julho “pela primeira vez neste ano, em cerca de 1,5%” — de 0,682 euros/litro em junho para 0,692 euros/litros em julho — “não atingindo ainda o valor do aumento sofrido em janeiro de 2020″.

Segundo o regulador, em todos estes combustíveis foram os hipermercados que registaram “os preços mais competitivos” (em 10% no caso da gasolina simples, em 11% no caso do gasóleo e em 15% no GPL Auto), seguidos dos ‘low cost’ (menos 6%, 8% e 12%, respetivamente).

Numa análise da variação geográfica de preços a nível nacional, a ERSE conclui que, apesar de os valores serem “pouco diferenciados” (em mais de metade dos distritos a diferença de preços médios por litro de combustível não ultrapassa os cinco cêntimos”, em julho “Aveiro e Castelo Branco registaram os preços de gasóleo e gasolina mais baixos” e “Beja e Bragança os mais caros”.

“Em julho, a diferença de valor entre o preço médio nacional e o preço médio nos distritos portugueses para a gasolina simples 95 e gasóleo simples é genericamente mais elevada nos distritos de Bragança, Beja e Lisboa, sendo nestes distritos que se continuam a verificar os combustíveis rodoviários mais caros”, refere.

De acordo com o regulador, “Aveiro, Braga, Santarém, Castelo Branco e Coimbra são os distritos com gasolinas e gasóleos mais baratos em Portugal Continental”.

Já no caso do GPL engarrafado (butano e propano), “Viana do Castelo, Vila Real e Portalegre registaram, para Portugal continental, a garrafa com o menor custo”, enquanto “Beja e Faro apresentam os mais elevados”.

“Em julho, a diferença de valor entre o preço médio nacional e o preço médio nos distritos é mais pronunciada principalmente a sul de Portugal, sendo o gás engarrafado mais caro sobretudo nos distritos de Faro, Beja, Setúbal, Lisboa e Coimbra”, nota a ERSE.

“Contrariamente os distritos mais a norte do país, como Viana do Castelo e Vila Real, apresentam os preços de GPL engarrafados mais baratos”, sendo que os distritos do interior mais próximos de Espanha, como Portalegre e Bragança, também registaram preços mais baixos, à exceção de Évora, acrescenta.

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