“Tenho a convicção de que vamos chegar a um acordo. Isso é do interesse de todos, dos credores, fornecedores e usuários, e vamos conseguir equacionar esse problema”, afirmou o executivo, citado pela imprensa brasileira.
Marco Schroeder, que participou no Futurecom, um evento com representes do setor em São Paulo, acrescentou que as dívidas com os fornecedores e os passivos com os trabalhadores estão “praticamente encaminhadas” e que o mesmo acontecerá com os restantes credores.
O responsável da empresa sublinhou que todos os agentes envolvidos com a Oi entendem que o melhor para o setor é que a operadora de telecomunicações supere a recuperação judicial.
A empresa – detida em 27% pela portuguesa Pharol (antiga PT SGPS) – entrou num processo de recuperação judicial com 65,4 mil milhões de reais (18,8 mil milhões de euros) de dívidas, para evitar a falência.
Marco Schroeder disse que a dívida resultou de “questões operacionais, decisões erradas e da situação macroeconómica”, atingindo um ponto “acima do que o balanço da companhia permite servir”.
O mesmo responsável referiu que a hipótese de a companhia se desfazer de ativos no Brasil só poderá acontecer “daqui a dois, três anos”, após equacionar a dívida, mas não colocou de parte a venda de ativos no estrangeiro, designadamente participações da empresa em operadoras em África e em Timor-Leste.
“Acho que devemos focar-nos em negociar a dívida. Eu não acredito na Oi vendendo ativos aqui dentro do Brasil”, referiu.
Entretanto, o presidente da América Móvil no Brasil, José Félix, também citado pela imprensa brasileira, sublinhou o interesse do grupo em comprar “certos ativos da Oi”, dando o exemplo de São Paulo como uma região onde isso pode acontecer.
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