“As 221.765 prestações de desemprego processadas em julho de 2020 correspondem a um ligeiro acréscimo de 64 prestações face ao mês anterior e a um aumento de 39,3% tendo em conta julho de 2019”, não estando incluídas as prorrogações das prestações de desemprego, pode ler-se no documento elaborado pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
O subsídio de desemprego registou um aumento de 45,4% em termos homólogos, mas uma ligeira redução de 0,3% face ao mês anterior, abrangendo 192.095 pessoas.
Já o número de beneficiários do subsídio social de desemprego inicial foi em julho de 10.894, o que corresponde a um aumento de 97,6% relativamente ao mesmo mês do ano passado e a um decréscimo de 0,8% face ao mês anterior.
O subsídio social de desemprego inicial é uma prestação atribuída a quem ficou desempregado, mas que não reunia as condições para receber o subsídio de desemprego.
No âmbito das medidas covid-19, o prazo de garantia de acesso ao subsídio social de desemprego inicial foi reduzido para metade (90 dias em vez de 180 dias). O prazo foi reduzido para 60 dias nos casos em que o desemprego tenha ocorrido por caducidade do contrato de trabalho a termo ou por denúncia do contrato de trabalho por iniciativa da entidade empregadora durante o período experimental.
As estatísticas mostram ainda que os beneficiários do subsídio social de desemprego subsequente (prestação paga a quem já esgotou o subsídio de desemprego) caíram 13,9% em termos homólogos, mas aumentaram 6,6% comparando com junho, para 17.683.
“Por idades e comparando com julho de 2019, continuam a registar-se acréscimos das prestações processadas em todos os grupos etários, sobressaindo os grupos mais jovens: o grupo de 24 ou menos anos (164,6%), entre os 25 e os 34 anos (84,0%), entre os 35 e os 44 anos (43,3%), e entre os 45 e os 54 anos (30,2%)”, indica o GEP.
De acordo com as estatísticas mensais, o valor médio das prestações de desemprego foi de 502,46 euros em julho, ligeiramente inferior aos 504,65 euros em junho e superior aos 498,46 euros registados no mesmo mês do ano anterior.
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou 37% em julho em termos homólogos e 0,2% face a junho, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
De acordo com o IEFP, no final de julho, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas 407.302 desempregados, número que representa 74,5% de um total de 546.846 pedidos de emprego.
O total de desempregados registados no país foi superior ao verificado no mesmo mês de 2019 (37%) e face ao mês anterior (0,2%).
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