"Hoje ouvimos o FMI a apresentar previsões de crescimento da nossa economia mais otimistas do que as próprias previsões com que o Governo tem trabalhado e a reconhecer que, ao contrário do que pensava há um ano, a evolução da nossa economia tem sido bastante mais positiva do que aquilo que eram as expectativas que tinha", disse António Costa.

Em comunicado divulgado hoje, após uma missão de duas semanas a Lisboa, o FMI manifestou estar mais otimista em relação a Portugal, prevendo que a economia cresça 2,5% este ano e que a meta do défice de 1,5% seja cumprida.

"As projeções de curto prazo de Portugal melhoraram de forma considerável, suportadas por uma recuperação no investimento e um crescimento contínuo das exportações, ao mesmo tempo que a recuperação na zona euro ganhou força", observou o FMI.

Esta previsão do FMI é uma revisão em alta de um ponto percentual face aos 1,5% estimados em abril, quando divulgou o 'World Economic Outlook', mostrando-se assim também mais otimista do que o Governo, que prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 1,8%.

Segundo António Costa, que falava uma intervenção no final de uma visita à empresa de transformação artesanal de porco alentejano Montaraz, em Garvão, no concelho de Ourique, no distrito de Beja, "estes dados confirmam outros dados", nomeadamente a descida do desemprego e o facto de a confiança dos agentes económicos e o clima económico em Portugal estarem a atingir "máximos".

"Hoje soubemos que o desemprego em abril baixou para 9,5%, confirmando a tendência que tem vindo continuadamente a descrever e que vai continuar a decrescer", disse.

Na quinta-feira, frisou, tivemos "bons indicadores sobre a confiança", o que "é fundamental para continuarmos a progredir na economia".

Os dados do clima económico "atingiram máximos, que não tínhamos desde 2008", e a confiança dos consumidores também atingiu "máximos, que não tínhamos desde 1997, ou seja, já no século passado, diria mesmo, já no milénio passado", sublinhou.

"E isto significa que a estratégia que temos vindo a desenvolver, apostando na confiança dos agentes económicos, é absolutamente decisiva", defendeu António Costa.

O chefe do Governo disse que "a agricultura e a indústria agroalimentar são um caso de sucesso" na economia portuguesa e na sua "crescente capacidade transportadora".

Segundo António Costa, o Governo tem feito "um esforço muito grande na abertura de novos mercados para produtos derivados do porco", como os do Peru e da Colômbia, que foram recentemente abertos.

E, na próxima semana, "vai ser dado um passo muito importante na abertura do mercado chinês à carne de porco, adiantou.

Trata-se de "um primeiro passo", que é "decisivo", porque "aberto o mercado para a carne de porco fica entreaberta a porta para fazer o caminho seguinte, ou seja, a abertura do mercado para os produtos derivados de porco, rematou.