A bancada socialista tomou esta posição, em comunicado, após uma audição, na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, sobre a situação do Novo Banco, na qual o ministro das Finanças, Mário Centeno, considerou que este tipo de decisões "gera uma grande incompreensão na opinião pública".

Os socialistas recordam, no texto, que “o CEO [director executivo] e administradores executivos do Novo Banco foram aumentados em 2019, ano de prejuízos”, que “a administração executiva auferiu 2,3 milhões de euros” e que “há ainda dois milhões que podem ser pagos, a título de bónus, após 2021”.

Em 2019, ano em que teve prejuízos de 1.059 milhões de euros, segundo o deputado Fernando Anastácio, citado no comunicado, o banco “contratou um novo administrador financeiro", o irlandês Mark Bourke, ao Allied Irish Banks e que, “para o conseguir atrair, pagou 320 mil euros como bónus”.

No comunicado do PS acrescenta-se que Mário Centeno, na comissão, se manifestou contra o pagamento destes prémios.

Na reunião de hoje, o ministro de Estado e das Finanças, Mário Centeno, revelou que será feita uma nova auditoria ao Novo Banco, na sequência da transferência de 850 milhões de euros do Tesouro para o Fundo de Resolução, destinada à instituição.

"Na sequência do empréstimo realizado na semana passada, será feita uma nova auditoria, que atualizará os dados da que está em curso. Foi já iniciado o processo determinado pela lei 15/2019", disse Mário Centeno numa audição regimental da Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia da República, em Lisboa.