“São valores importantes, equivalentes a 2% das emissões francesas ou das emissões de uma cidade como Paris ao longo de um ano”, referiu Philippe Ciais, investigador do Comissariado de Energia Atómica e das Energias Alternativas (CEA na sigla em francês), no Laboratório de Ciências do Clima e do Ambiente.

O investigador, citado pela AFP, considerou que esta “não é uma boa notícia, mas não é uma bomba climática”.

As estimativas são, ainda assim, inferiores às avançadas inicialmente por especialistas e Organizações Não Governamentais, nos dias que se seguiram às explosões nos gasodutos, em 26 de setembro, e que foram baseadas nas estimativas de quantidades de gás que estes continham.

Na ocasião, as projeções apontavam para que tivessem sido libertadas cerca de 300 mil toneladas de gás natural (que é metano).

Os investigadores do CEA, por se lado, basearam as suas simulação nas leituras das estações da rede europeia de observação Icos, que monitoriza os fluxos de concentrações atmosféricas dos gases com efeito de estufa.

As leituras às estações que monitorizam emissões de metano foram modeladas tendo em conta cerca de 10 mil cenários.

Com os ventos, as emissões avançaram primeiro para o sul da Suécia, tendo virado depois para oeste, passando pela Noruega e o Reino Unido, antes de serem detetadas, em quantidades menores, na ponta da Bretanha.

Durante uma videoconferência Philippe Ceais admitiu que os resultados o surpreenderam e aos seus colegas.

“Havia menos gás nos canos? Algum do metano dissolveu-se na água — o que não parece muito possível? Não temos uma explicação”, reconheceu, enfatizando “que à medida que o ‘cano’ esvazia, a pressão diminui”, o que pode ter afetado as quantidades de gás libertadas.

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