“Estamos a 7,6% de atingir em 2024 as receitas turísticas de 27 mil milhões de euros” prevista para 2027, afirmou o responsável do Turismo de Portugal, que foi o convidado num almoço da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), em Lisboa.
Admitindo que não se pode fazer previsões no dia 15 de janeiro, para o ano que agora se iniciou, Carlos Abade sublinhou que o setor do turismo em Portugal é “particularmente competitivo”, tendo crescido a um ritmo superior à média mundial. Para o presidente do Turismo de Portugal, “não há razão nenhuma para achar que em 2024 não será exatamente o mesmo”.
Segundo os dados recentemente divulgados, as previsões apontam para 77 milhões de dormidas registadas em 2023, um crescimento de quase 11% face ao ano anterior, e receitas de perto de 25.000 milhões de euros.
Carlos Abade considerou ainda “absurda” a ideia de que o setor do turismo está a chegar ao seu limite, mas apontou alguns desafios para o setor em 2024, entre eles a criação de valor para os residentes.
“O turismo é bom na exata medida em que for bom para as pessoas e o turismo tem sido muito bom para as pessoas”, defendeu o responsável.
Outro dos desafios elencados por Carlos Abade passa por valorizar e qualificar os trabalhadores, sublinhando que o aumento dos salários no setor tem sido superior ao crescimento da média nacional.
Antes, o presidente da AHP, Bernardo Trindade, tinha destacado o impacto do aumento das taxas de juro na hotelaria, “medida clássica do combate à inflação”, e manifestou-se disponível para trabalhar em conjunto com o Turismo de Portugal no problema.
Já na fase de perguntas da audiência, Carlos Abade foi questionado sobre o novo aeroporto de Lisboa, tendo defendido que, para já, tem de se gerir “de forma mais eficiente” as infraestruturas que existem, realçando que “todos os aeroportos em Portugal têm capacidade de crescimento”.
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