Contactada pela Lusa, fonte oficial do grupo salientou que “entre as consequências conhecidas encontra-se não só o aumento nos custos dos cereais como também de outras matérias-primas que são imprescindíveis à produção das” suas bebidas, “como são o vidro e o PET, além do aumento generalizado da energia e combustíveis”.

Este contexto “tornou inevitável ajustamentos pontuais, que estamos a tentar minimizar na medida do possível”, acrescentou.

De acordo com o Super Bock Group, “esta é uma crise que ainda está no início”, pelo que está “a acompanhar o evoluir da situação para perceber os seus reais impactos”.

No entanto, “a expectativa de todos é que seja possível terminar este conflito armado brevemente e a paz possa ser restabelecida, minimizando os seus efeitos que já são devastadores”, acrescentou.

“Ainda assim, e não apenas por causa desta crise, temos vindo a desenvolver nos últimos anos vários projetos que permitem à empresa não utilizar tantos recursos na produção dos seus produtos e, como tal, temos vindo a reduzir os consumos de energia na nossa fábrica e centros de produção e nos combustíveis”, salientou a mesma fonte.

“Temos igualmente vindo a tentar atenuar a nossa exposição a variações de preço nas principais matérias-primas”, apontou, salientando que o grupo tem uma política geral de cobertura de riscos de mercado neste âmbito.

“Recorremos habitualmente a mecanismos de proteção financeira (‘hedging’)”, explicou.

Por sua vez, “temos conseguido otimizar a capacidade do transporte no sentido de minimizar o número de camiões necessários para movimentar os nossos produtos”, acrescentou a Super Bock.

Através das parcerias com vários clientes retalhistas “temos vindo a reduzir o número de viagens de camiões vazios, via recurso ao ‘backhaul’ (viagens de retorno)” e “dispomos também de uma frota mais ‘verde’ que inclui viaturas mais eficientes e menos poluentes para distribuição dos nossos produtos, nomeadamente em centros históricos”, disse.

Desde modo, “temos conseguido mitigar não apenas o impacto ambiental, mas também atenuar os impactos nos custos de transporte, tema especialmente crítico nos dias atuais”, concluiu.