“A TAP encerrou o ano de 2022 com um lucro líquido de 65,6 milhões de euros, um aumento de 1.664,7 milhões de euros em relação ao ano anterior”, informou a transportadora aérea, em comunicado.
O plano de reestruturação da TAP, aprovado pela Comissão Europeia no final de 2021, previa que a companhia aérea começasse a dar lucro em 2025 e que obtivesse um resultado operacional positivo em 2023, algo que a empresa atingiu no primeiro semestre de 2022.
A companhia aérea regressou assim aos lucros, que tinha registado pela última vez em 2017, altura em que o grupo obteve um resultado positivo que rondou os 21 milhões de euros.
“Durante o quarto trimestre de 2022 a TAP foi capaz de gerar as receitas trimestrais mais elevadas da sua história e uma rentabilidade recorde, apesar dos contínuos desafios operacionais”, referiu, na mesma nota, a ainda presidente executiva, Christine Oumières-Widener, cuja exoneração foi anunciada pelo Governo no início do mês, na sequência da indemnização de meio milhão de euros à ex-administradora Alexandra Reis, e que não fará a habitual conferência de imprensa de apresentação de resultados.
A responsável apontou ainda que “durante o primeiro ano completo do plano de reestruturação, a TAP gerou um lucro operacional que é um ‘recorde’ histórico para a empresa” e “gerou também um lucro líquido positivo muito forte, tendo em conta o seu nível de alavancagem”.
No ano passado, o lucro antes dos juros e impostos (EBIT), foi também positivo, alcançando 268,2 milhões de euros, incluindo itens não recorrentes de 19,4 milhões de euros.
A TAP transportou, em 2022, um total de 13,8 milhões de passageiros, o que corresponde a um aumento de 136,1% em relação ao ano anterior, atingindo 81% dos níveis de 2019.
Já as receitas atingiram 3.485 milhões de euros, um crescimento de 151% face ao ano anterior, juntamente com um nível de atividade mais elevado, alcançando o ASK (métrica que calcula a capacidade total de assentos disponíveis em cada voo) a aumentar 94,2%.
O número de voos operados aumentou 74,9%, no ano passado, atingindo 79% dos níveis pré-crise pandémica.
A capacidade atingiu 87% dos níveis pré-crise, aumentando 94,2% em comparação com o ano anterior, e o ‘load factor’ (métrica para medir a taxa de ocupação de um voo) melhorou 17 pontos percentuais em relação ao ano anterior, atingindo 80%, apenas 0,1 pontos percentuais abaixo do nível de 2019.
Já a receita de passageiros por assentos-quilómetros oferecidos (PRASK) foi de 6,68 cêntimos de euros, o que representa uma melhoria de 48,2% face a 2021 e de 20,5% em comparação com 2019.
O custo do combustível mais do que triplicou, em 2022, tendo aumentado 756,2 milhões de euros, numa base anual, para 1.096,7 milhões de euros.
O efeito do aumento dos preços do combustível contribuiu com 458,4 milhões de euros para o aumento dos custos com combustível.
No acumulado do ano, o custo por assento-quilómetro (CASK) dos custos operacionais recorrentes diminuiu 10,7%, comparativamente ao ano anterior, baixando para 7,04 cêntimos.
Excluindo o combustível, a redução foi de 27,8%, levando os custos unitários sem combustível a 4,66 cêntimos, apenas 0,5% abaixo do nível de 2019 (4,68 cêntimos).
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