“Houve um crescimento extraordinário das trocas comerciais. Em 2016 o comércio entre a China e os países que falam português passou os 90 mil milhões de dólares e a cooperação não se limitou a trocas comerciais”, disse o conselheiro político da embaixada da República Popular da China em Portugal durante a sessão de abertura da conferência ‘Macau — Uma Ponte na Relação Económica entre a China e os Países de Língua Portuguesa’.

“Já iniciámos a cooperação nos aspetos trilaterais”, acrescentou o responsável, dando ênfase à necessidade evidenciada minutos antes pelo general Garcia Leandro, para quem a presença de Portugal como intermediário e facilitador da relação entre o gigante asiático e os PALOP é vantajosa para todas as partes.

“A relação trilateral é vantajosa para todos, porque há a possibilidade de haver uma intermediação e ajuda dos portugueses para colmatar essa dificuldade de conhecimento que a China tem sobre África”, disse o general e presidente da Fundação Jorge Álvares.

As trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa caíram pelo segundo ano consecutivo em 2016, totalizando 90,87 mil milhões de dólares (85,32 mil milhões de euros), menos 7,72% do que em 2015, de acordo com os últimos dados oficiais, publicados no princípio deste mês.

Trata-se do segundo ano consecutivo de queda, depois de o comércio sino-lusófono ter caído 25,73% em 2015 naquela que foi a primeira diminuição desde 2009.

Dados dos Serviços de Alfândega da China publicados no portal do Fórum Macau indicam que, entre janeiro e dezembro do ano passado, a China comprou aos países de língua portuguesa bens avaliados em 61,28 mil milhões de dólares (57,54 mil milhões de euros) — menos 1,64% — e vendeu produtos no valor de 29,59 mil milhões de dólares (27,78 mil milhões de euros), menos 18,19% face a 2015.

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