“Estão a especular que a Venezuela se declarará em ‘default’. Nunca. O ‘default’ nunca chegará à Venezuela. A Venezuela sempre terá uma estratégia clara e agora a nossa estratégia é renegociar e refinanciar toda a dívida”, disse Nicolás Maduro.
A posição do Governo venezuelano foi dada a conhecer em Caracas, durante o programa radiofónico e televisivo “Os domingos com Maduro”, transmitido pelas rádios e televisões estatais venezuelanas.
Nicolás Maduro confirmou que chegou a um acordo com a Rússia para reestruturar o pagamento de 3.000 milhões de dólares (2.586 milhões de euros) da dívida venezuelana a Moscovo.
Por outro lado, anunciou que 414 investidores (91% dos detentores de títulos) de diversos países, entre eles dos EUA, Itália e Inglaterra, vão reunir-se na segunda-feira, no Palácio Branco, em Caracas, para encontrar “uma fórmula que beneficie as partes e garanta à Venezuela os direitos fundamentais”.
Segundo o parlamento venezuelano, o Estado deve mais de 120 mil milhões de dólares (103,44 mil milhões de euros) a financiadores internacionais, metade deles em títulos de dívida.
Em 03 de novembro último, a Venezuela convocou os detentores de títulos de dívida do Estado para uma reunião, que decorrerá na segunda-feira, com o objetivo de renegociar o pagamento da dívida.
A convocatória foi feita pelo vice-presidente da Venezuela, Tarek El Aissami, que também é presidente da comissão especial para o refinanciamento da dívida externa venezuelana.
Em 02 de novembro último, o Presidente, Nicolás Maduro, anunciou uma reestruturação e refinanciamento total da dívida externa do país e dos títulos da Petróleos da Venezuela SA (PDVSA).
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