De acordo com o Anúncio n.º 282/2024, publicado hoje em Diário da República e assinado no dia 05 pelo diretor do Património Cultural, João Soalheiro, a abertura do procedimento de classificação abrange o Criptopórtico de Felicitas Iulia Olisipo e os imóveis localizados na zona geral de proteção (50 metros contados a partir dos seus limites externos).
Localizadas na freguesia de Santa Maria Maior, as Galerias Romanas da Rua da Prata foram descobertas no subsolo da Baixa de Lisboa em 1771, na sequência do terramoto de 1755.
De acordo com informação do Museu de Lisboa, a estrutura "corresponde a um criptopórtico, solução arquitetónica que criava, em zona de declive e pouca estabilidade geológica, uma plataforma horizontal de suporte à construção de edifícios de grande dimensão, normalmente públicos".
As galerias ficaram conhecidas, no início do século XX, como Conservas de Água da Rua da Prata, por serem utilizadas pela população como cisterna, segundo a mesma fonte.
As galerias podem ser visitadas pelo público em apenas duas épocas do ano (abril e setembro), "por ser necessário manter os níveis de humidade relativa e de água no interior do edifício, essenciais à sua preservação", informa o Museu de Lisboa, explicando que, "quando se encontram fechadas, as galerias estão submersas num nível de água com cerca de um metro de altura, proveniente das águas subterrâneas que correm no subsolo de Lisboa".
SBR // ROC
Lusa/fim
Comentários