O imponente dispositivo de segurança para o funeral de Francisco inclui o destacamento de cerca de 4.000 polícias, bem como atiradores, especialistas em deteção de explosivos, uma zona de exclusão aérea e controlos exaustivos nos aeroportos e estações, num destacamento sem precedentes motivado pela presença de dezenas de líderes mundiais que chegarão a Roma para assistir à cerimónia.

Está prevista a presença de 50 chefes de Estado e de Governo e 10 monarcas, bem como cerca de 130 delegações, de acordo com a sala de imprensa do Vaticano.

O plano de segurança para o qual a Itália contribui visa ativar sistemas de deteção de drones hostis para neutralizar potenciais ameaças aéreas, bem como a possibilidade de utilizar caças Eurofighter para patrulhar o espaço aéreo.

A marinha italiana vai também enviar um contratorpedeiro como parte dos acordos de proteção marítima nas águas perto do principal aeroporto de Roma, Fiumicino, que deverá ser o ponto de chegada e de partida de muitas das delegações internacionais que participam no funeral.

O funeral de Francisco, que morreu na segunda-feira aos 88 anos, terá lugar na Praça de São Pedro, no Vaticano, após o que será trasladado e sepultado na basílica romana de Santa Maria Maior.

Entre os dignitários confirmados estão o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o chefe de Estado da Argentina -- país natal do pontífice -- Javier Milei.

Também o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, estará presente.

De Portugal, vão participar as três mais altas figuras do Estado - o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro -, bem como o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, e a líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, vão igualmente marcar presença.

Entre os monarcas presentes nas cerimónias fúnebres estão o rei de Espanha Felipe VI (também chefe de Estado) e a rainha Letizia.

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